quarta-feira, 23 de maio de 2012

Colóquios Patrimoniais- O futuro do museu Sambaqui

Pensar no destino do nosso Museu Sambaqui, foi um exercício muito especial e importante, pois o que ali foi debatido, não tão somente o destino do prédio, que foi construido para abrigar o museu, e que agora não comporta mais o seu acervo. Ao mesmo tempo este prédio faz parte da paisagem de Joinville, com seu jardim majestoso. E as pessoas que ali, trabalham a fim de preservar todo aquele acervo e história da cidade e seus arredores (alguns municipios ),e seus projetos educacionais. E onde vai ficar ou ser abrigado todo o acervo de 45.000 peças?É era esta discussão que estava sendo travada no dia 21/05/2012. Discussão conflituosa mas proveitosa, esclarecedora mas importante para quem se dispois a partcipar deste debate.

O SUJEITO ATUAL “ Criança - Professor” e o Hibridismo.

“O conhecimento exige uma presença curiosa do sujeito em face do mundo”. Requer uma ação transformadora sobre a realidade. Demanda uma busca constante. “Implica em invenção em reinvenção” (Paulo Freire). Diante dessas palavras escritas, coloco a experiência vivida durante anos no espaço escolar, tentando viver esta transformação do sujeito (criança). Vida moderna e atual, traz pensamentos que a todo momento se distorcem, a criança está perdida, sem saber onde ir, como seguir, quem seguir, o que fazer e como fazer. Esta nasceu em um momento novo, momento este, em que tudo muda muito rápido. Como cita EU: “ A velocidade com que a tecnologia se renova impõe-nos um ritmo insustentável de reorganização contínuo de nossos hábitos mentais, é verdade”. Assim sendo esta criança não entende o professor e o professor não entende ela. É necessário entendê-la, pois nosso pensamento se faz na infância, devemos ter cuidado com que mostramos a esta criança. A literatura (livros e imagens) fazem a cabeça, e é importante o conhecimento, para selecionar as informações passadas para este ser em formação. Pois os tempos atuais nos obrigam a ver as transformações dessas informações e não nos permitem acompanhar com a mesma velocidade . O adulto entra em um tipo de neurose (depressão), e como este adulto lida com este sentimento? Será que ele está pronto, para ensinar? Mostra o novo? Encaminhar? plantar sementes da sabedoria nos corações dos pequeninos? Que ver este como um ser especial “PROFESSOR”. As crianças estão neste mundo cheios de conflitos ,ficam vulneráveis e absorvem com mais facilidades o caos, da cultura em excesso, trazendo consigo a inversão de valores. Então a arte tem um papel fundamental neste momento, os livros infantis, a literatura, as obras de arte, a música, a dança, o teatro, entra na suas vidas de uma maneira mágica, neste ambiente escolar. O fazer, o experimentar, o sentir, o vivenciar, transforma o homem. A criança do momento aceita a cultura atual, a arte contemporânea que transgride, que desloca, que se apropria, que resignifica: e a literatura que fala com imagem, sem precisar necessariamente de palavras. Esta criança tem possibilidades de lidar com todo este hibridismo, tanto na música, na literatura, na tecnologia, na cultura e nas artes em geral. E o professor? Este precisa ler, se atualizar, precisa esta conectado e também fazer parte deste momento da história que esta palavra traduz muito bem “HIBRIDISMO’. ENSAIO – PENSAMENTO CONTEMPORÂNEO KATIA REGINA DA SILVA BAETA JONINVILLE, 18/05/2012